Uma conhecida postou em seu Facebook esse texto. Não conhecia o site Casal Sem Vergonha, mas achei muito bom, por isso compartilho com vocês.
“A bolha de influência invisível e maléfica que nos dita a cada segundo como devemos nos vestir, o que devemos achar bonito, o que deve ser considerado coisa de pobre, o que faz daquele sujeito parecer mais bacana diante de todos os outros, cada dia mais nos transforma em seres que são mais do mesmo. Como numa gigante linha de produção, vemos pessoas-produtos esbanjando padrões como se tivessem sido escolhidos por elas, quando na verdade todas as escolhas foram, dia após dia, sendo injetadas em seus subconscientes que estavam ocupados demais fuçando nas novas atualizações do Facebook pra se darem conta disso. A geração dos zumbis, meus amigos, está mais perto do que você imagina.” Texto completo aqui.
Eu uso cabelo alisado. Meu cabelo, infelizmente, não é cacheado, tampouco é liso. Sempre lutei com a rebeldia dele, ou apanhando para prendê-lo como todas presilhas que visse pela frente, ou, quando solto, tentado me desvincilhar dele, que revolto, se enroscava em minha cabeça tirando completamente minha visão. Alisar o meu cabelo foi a única maneira que encontrei para me livrar das horas tentando domá-lo sozinha. Hoje, posso sair com o cabelo molhado, solto, ou como bem entender, sem correr o risco de dar de cara em um poste, ou cair com a cara no chão. Em contrapartida, não gosto de sua aparência. Gosto de cabelos naturais.
Sou a favor da liberdade. Liberdade para alisar os cabelos se não se sente bem com ele crespo, encrespar se não gostar dele liso. Tenho consciência, porém, que a grande maioria das pessoas não sabe, realmente, se está mudando algo em si por que quer ou por que a levaram a pensar assim. Me sinto uma pessoa realizada, hoje, por escolher como usar meu cabelo sem medo do que os outros vão pensar. Consegui, ao longo da vida, me libertar da “bolha de influência invisível e maléfica”.
moleskinezine 